Contracepção é mais do que “tomar a pílula”

Este tema sai um bocadinho do âmbito das minhas consultas, mas por vezes somos confrontados com perguntas inesperadas. A pergunta de ontem era de uma Mãe que queria saber se a filha poderia/deveria “tomar a pílula”. Pessoalmente, acho que estas questões não devem ser discutidas de ânimo leve, mas julgo que um pouco de mais informação nunca fez mal a ninguém.

A idade por si só, não constitui limitação ou contra-indicação à utilização de qualquer método contraceptivo. A maioria dos métodos pode ser usada sem restrições, mas a contracepção é mais do que “tomar a pílula”, especialmente na adolescência. Daí, achar importante deixar-vos esta recomendação de leitura. A Sociedade Portuguesa de Pediatria publicou um documento intitulado «Contracepção na Adolescência: recomendações para o aconselhamento contraceptivo», resultado de uma discussão pública do tema. Tem informação muito útil para pais, para profissionais de saúde e, mais importante ainda, para professores (que, no fundo, são quem passa mais tempo com os adolescentes).

No documento fica evidente que temos feito um caminho correcto nesta área. «Em Portugal, o número de adolescentes que engravidam por ano, tem vindo a diminuir gradualmente o que se reflecte no decréscimo no número de adolescentes que são mães e no número de interrupções de gravidez realizadas em adolescentes.» Podem descarregar o documento na íntegra aqui.

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